A Febre Amarela é uma doença infecciosa febril aguda causada por um arbovírus pertencente ao gênero Flavivírus.  Sua transmissão se dá através da picada do mosquito Haemagogus e Sabethes (forma silvestre) e do Aedes aegypti (forma urbana) não havendo transmissão pessoa a pessoa.  O período de incubação dura, em média, de 3 a 6 dias após a picada do mosquito infectado.  A suscetibilidade é universal e a infecção confere imunidade permanente.

As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recuperam bem e adquirem imunização permanente contra a febre amarela.

Não há nenhum tratamento específico contra a doença. O tratamento é sintomático, ou seja, são tratados os sinais e sintomas, como as dores no corpo e cabeça, com analgésicos e antitérmicos.

Caso suspeito – indivíduos com quadro febril agudo (até 7 dias) acompanhado de dois ou mais sinais/sintomas:  cefaleia, mialgia, artralgia, vômito, dor abdominal, icterícia ou manifestações hemorrágicas em residentes ou procedentes, nos últimos 15 dias, destas áreas.

A prevenção se dá eliminando o foco do mosquito e sua disseminação e a vacinação, que tem como objetivo, proteger contra a febre amarela.  A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida, uma vez que a taxa de soro conversão é de 97,5%.  No entanto, como medida adicional de proteção, o Brasil adota esquema de duas doses da vacina. Outras medidas preventivas são o uso de repelente de insetos, mosquiteiros e roupas que cubram todo o corpo.

Além das doses na primeira infância, o ministério recomenda vacinação imediata para todas as pessoas que vivem em áreas rurais nas regiões com risco da doença e nas cidades que vivem surto de febre amarela.  Também é recomendada a vacinação para pessoas que irão viajar para áreas de risco, pelo menos 10 dias antes da viagem.

Como a vacina é composta por vírus vivo atenuado, ou seja, é aquela em que o vírus encontra-se vivo, porém sem capacidade de produzir a doença, ela não deve ser administrada em pessoas com comprometimento de imunidade, como: Câncer, Lúpus, HIV, etc., idosos acima de 60 anos, gestantes e alérgicos a gelatina e ovo.

Como os medicamentos utilizados para tratamento do câncer, de modo geral, comprometem o sistema imunológico, este grupo de pessoas não deve ser vacinado, pois corre o risco de desenvolver a doença após a vacinação ou apresentar alguma reação não esperada.  Para maiores esclarecimentos, o ideal é conversar com o seu médico.

Simone Diniz 
Enfermeira Centron